Mulheres impulsionam as feiras da Economia Popular Solidária em Belo Horizonte

Mulheres representam 95% dos feirantes da Economia Popular Solidária em Belo Horizonte, garantindo renda e autonomia. O programa da PBH capacita empreendedores e fortalece o comércio justo. Saiba como participar.

Mar 26, 2025 - 14:26
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Mulheres impulsionam as feiras da Economia Popular Solidária em Belo Horizonte
Divulgação/PBH


As mulheres são a base das Feiras da Economia Popular Solidária promovidas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Elas representam 95% dos expositores e atuam na comercialização de diversos produtos, como artigos de decoração, vestuário, bijuterias, acessórios, plantas, alimentos e bebidas artesanais. Atualmente, dos 780 feirantes cadastrados, 740 são mulheres que, além de garantirem a renda familiar, conciliam suas atividades com os cuidados com a casa e a família.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Relações Internacionais (SMDE) é responsável pela gestão do programa, assim como do Centro Público de Economia Solidária (CEPES), que capacita os feirantes e promove a inclusão produtiva.

O papel das feiras na valorização do trabalho feminino

De acordo com Chyara Sales Pereira, secretária municipal adjunta de Desenvolvimento Econômico, a Economia Popular Solidária busca fomentar a comercialização colaborativa baseada na autogestão, na reciprocidade e na valorização do trabalho local. Além disso, o programa tem o compromisso de garantir relações justas de gênero, raça, etnia e sustentabilidade ambiental.

“As feiras desempenham um papel essencial ao fortalecer o trabalho coletivo e oferecer às mulheres a oportunidade de demonstrar sua capacidade empreendedora e inovadora”, destaca Chyara Pereira.

Há nove anos, Maria Aparecida da Silva Alves dos Santos encontrou na feira uma alternativa para complementar a renda. “Eu produzo e comercializo bijuterias e acessórios. Formei um grupo com duas amigas que também atuavam no segmento e, juntas, vimos na feira uma chance de garantir uma renda extra. No mercado formal, minha idade era considerada um empecilho, então a feira se tornou a melhor alternativa para conquistar autonomia financeira”, conta.

Para Maria dos Santos, o protagonismo das mulheres na Economia Solidária reforça a importância da inclusão econômica e da sustentabilidade. “As mulheres transformam suas habilidades em fonte de renda, fortalecem redes de cooperação e valorizam a cultura e o trabalho artesanal. Mesmo enfrentando desafios como a informalidade e a sobrecarga do trabalho doméstico, seguimos inovando e buscando impulsionar nossos negócios”, afirma.

Transformação social e oportunidades de renda

Carina Martins Ferreira, feirante recém-chegada ao programa, encontrou na Economia Solidária uma forma de mudar sua realidade. “Decidi abrir um espaço de Terapia Infantil no Espaço Kids, por indicação de uma amiga. Essa experiência transformou minha vida e minha família. As oficinas e atividades me ajudaram a desenvolver novas habilidades e criar uma nova fonte de renda. Isso não apenas melhorou nossa situação financeira, mas também trouxe uma sensação de empoderamento e autonomia”, destaca.

Como participar

O CEPES conta com mais de 200 grupos cadastrados, que atuam na venda de vestuário, artesanato, cosméticos e alimentos. O espaço, localizado ao lado da Praça da Estação, é utilizado para reuniões e capacitações.

Para participar, é necessário formar um grupo com, no mínimo, três integrantes, seguindo os princípios da reciprocidade e coletividade. Os participantes passam por uma pré-formação e, em seguida, por um curso de seis aulas no CEPES. Interessados podem obter mais informações pelo e-mail cepes@pbh.gov.br.

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